Estudo sorológico visa mapear avanço da Covid-19 e diminuir a subnotificação
O Maranhão terá um estudo que visa apontar a população já infectada pela Covid-19 e que não fez o teste, além das pessoas que se recuperaram em casa ou foram assintomáticas.
O projeto foi anunciado pelo secretário de Saúde, Carlos Lula, em entrevista coletiva nesta terça-feira (21). A coordenação será feita pela Secretaria de Saúde, em parceria com o Laboratório Central do Estado do Maranhão (Lacen) e Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
"Ele [projeto] visa identificar o percentual estimado da população que foi infectada com Covid-19. A gente sabe que a subnotificação é um dado em toda a pandemia. A gente não tem como notificar todos os casos, as pessoas que são assintomáticas, as pessoas que se recuperaram em casa e não procuraram serviço médico, as pessoas que não fizeram teste. Então a gente precisa ter uma estimativa real de quantas pessoas, de fato, foram acometidas com Covid-19 no estado do Maranhão"
"A gente sempre estimava que essa média aí era em torno de 10 vezes mais o número de casos do que o que constava em nossos boletins. A gente precisa ter essa projeção para saber os próximos caminhos que vamos lidar com a doença", afirmou o secretário.
Chamado de 'Estudo Sorológico de infecção por Covid-19', o projeto também prente descobrir a prevalência de anticorpos na população do estado, o percentual de quem não teve sintomas e a extensão de infectados em cada município.
Na prática, segundo o secretário, as pessoas terão que responder a um questionário e terão o sangue coletado para o teste sorológico. O resultado deve sair em duas semanas e a análise do material coletado será feita pelo Laboratório Central do Maranhão e pela UFMA.
O projeto-piloto do estudo já começa nesta quinta-feira (23) no bairro Vila Esperança, em São Luís, e o resultado deve sair em duas semanas. Já no dia 27 de julho começa a pesquisa em outros 68 municípios. Ao todo, 4.080 pessoas devem participar do estudo sorológico.
O teste
Os exames sorológicos - IGM, IGA ou IGG - são aqueles que detectam a presença de anticorpos no organismo após a exposição ao vírus. O procedimento passa a ser obrigatório quando o paciente apresentar quadros clínicos de síndrome gripal ou síndrome respiratória aguda grave.
De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar, como a produção de anticorpos no organismo só ocorre depois de um período mínimo após a exposição ao vírus, esse tipo de teste é indicado a partir do oitavo dia do início dos sintomas.
Fonte: g1.Ma
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