Saúde registra 19,8 mil casos de dengue no DF em 2019
Número é 12 vezes maior que o contabilizado no ano passado. Dezesseis pessoas morreram por conta do doença.
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES) divulgou, nesta terça-feira (21), novo boletim epidemiológico sobre a dengue na capital. Segundo os dados, entre janeiro e o dia 11 de maio, houve 19.812 notificações da doença no Distrito Federal. O número 12 vezes maior que o registrado no mesmo período do ano passado, quando foram 1.676 casos.
A alta no número de ocorrências também causou um salto nos registros de morte pela doença: já foram 16 em 2019, contra apenas uma nos primeiros cinco meses do ano anterior. A pasta ainda investiga outras quatro suspeitas de morte por dengue.
Do total, a Secretaria de Saúde considera que 17.304 são casos prováveis da doença, transmitida pelo mosquito aedes aegypti. Também foram contabilizados 30 casos graves, em que as pessoas sobreviveram, e 279 ocorrências de dengue com sinais de alarme.
Vírus do tipo II
Segundo o diretor de Vigilância Epidemiológica da SES, Délmason Carvalho, uma das causas para o aumento é maior o aparecimento de casos do vírus do tipo II da dengue, mais agressivo e resistente a anticorpos.
“Quando começa a circular um vírus diferente, mais pessoas têm maior probabilidade de serem contaminadas, e aí ocorre uma epidemia”, afirma o diretor.
As regiões mais afetadas pela doença são Itapoã, Paranoá e São Sebastião. Juntas, as três somam 3.881 ocorrências da doença. Em seguida, aparecem Planaltina, Fercal e Sobradinho.
Ainda segundo a Secretaria de Saúde, há indícios de que, com o fim das chuvas, haja redução na circulação de mosquitos transmissores da dengue no DF. No entanto, a pasta afirma que a informação só poderá ser confirmada nas próximas semanas.
Fumacê
Mesmo com a disparada de casos no DF, uma das medidas de combate à dengue foi suspensa pelo governo. O carro do "fumacê" – que lança inseticida pelas ruas para combater a proliferação do aedes aegypti – deixou de circular pelo Distrito Federal na semana passada.
O serviço foi interrompido por conta de problemas no galpão onde a mistura é preparada, em Taguatinga Norte. O local foi interditado pelo Ministério Público do Trabalho no último dia 14 por uma série de irregularidades.
No galpão onde o fumacê era produzido, inseticidas vencidos eram misturados a venenos ainda dentro da validade, segundo o MPT. Tudo era feito em cima de uma bancada improvisada e os funis eram, na verdade, galões de água cortados. Sujeira e falta de ventilação também integravam o cenário.
Após a divulgação do caso, a Secretaria de Saúde admitiu a interrupção do serviço, mas não deu prazo para a retomada.
Fonte: G1.com
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